quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

SINTO

Me sinto um mendigo ao relento, sedento de vontade do teu beijo. Quero, mas não posso. Sinto, mas não quero. Sufocado me sinto sem chão. Saio na rua, ela está erma que nem meu coração. Olho pro céu e não vejo estrelas. Olho pra lua cheia e não vejo seu brilho. Sonho acordado e quando durmo tenho pesadelos. Tento me esconder sendo alguém que não sou. Faço coisas que normalmente não faria. Sinto calor e frio ao mesmo tempo. Alegria e tristeza. Saúde e doença. Força e fraqueza. Amor é ódio. Me sinto uma puta ao fim de sua labuta. Me sinto um caco despedaçado. Um pedaço de homem que ainda não cresceu. Chorar eu não consigo. Bebidas me confortam, mas é passageiro. Tudo que eu queria era seu cheiro. A culpa? De quem é? Claro que minha, por isso me martirizo pra resto da vida.